Mr. Pra quê? II ou (In)Dispensável

Agora a nova mania é pincel.

Não somente um, mas uma coleção de vários tipos de pincéis diferentes, um pra cada coisa: pra passar primer, base, corretivo, pó, blush, batom, sombra clara, sombra escura, pra delinear, esfumar, iluminar, passar rímel, tirar excesso de maquiagem e pra mais algumas coisas que eu ainda não descobri.

Algum filho da puta muito do esperto fez uma lavagem cerebral por aí e convenceu as creuzas de que pincéis são vitais pra maquiagem.

Eu acho assim...um maquiador profissional ter uma porrada de pincéis eu entendo, entendo mesmo. Agora o que EU, ou uma reles mortal faria com uma coleção dessas?

Duvido que uma menina ou mulher "normal" (que estuda e/ou trabalha ou simplesmente mofa em algum canto remoto desse país por aí) use todos esses pincéis em uma maquiagem pra festa, por exemplo, que é mais elaborada. 

DUVIDO. E duvido também que um ser humano normal saiba (sem colar) pra que serve cada um desses indispensáveis.

Não sou contra pincéis, até tenho um que veio com uma base mineral, que também uso pra passar blush. Mas a maioria desses daí, usaria pra limpar por baixo das teclas do meu notebook.

Aloe Vera made in USA

Provavelmente você já ouviu falar da tal aloe vera, muito usada na composição de xampús, condicionadores, produtos pra pele, desodorantes... E até para tratamentos contra o câncer!

A aloe é regeneradora celular, antiinflamatória, e inibidora da dor, dentre outros milagres conhecidos há muito, muito tempo. Quero dizer, há pelo menos uns 3 mil anos.

"Ah, deve ser um produto muito caro!". Sim, é um preço salgadinho mas não absurdo, considerando as marcas francesas famosas. Dêem uma olhada na tabela de preços da Forever Living, uma empresa multinacional estadunidense que pelo que parece, está indo de vento em popa com seus produtos (que vão dos cosméticos aos "ingeríveis").

Tá. Agora o que é aloe vera? Sabem uma plantinha esquisita que provavelmente você já viu no jardim ou em um vasinho de alguma tia, avó, amiga da mãe ou talvez na sua própria casa chamada popularmente BABOSA?

Será que o uso da planta fresca é menos potente do que manipulada? Será que vale a pena pagar a uma multinacional estrangeira por algo que nasce (ou pode nascer) no seu quintal?

Bom, é verdade que é mais prático comprar as coisas prontas para serem usadas. Espero que antes de encherem os bolsos dos empresários estrangeiros ricos, dêem ao menos uma pesquisada em produtos nacionais com a aloe vera. Seu bolso agradecerá, inclusive.

Mr. Pra quê? ou Quanto você paga pela marca?

Se você passeia em vários blogs já deve ter ouvido falar na Manteiga de Karitê da L'occitane.

Extremamente elogiada pelo poder nutritivo e de hidratação das cutículas, cotovelos, joelhos e até mesmo cabelo, esse produto, 100% puro, tem sido adquirido por nada módicos R$ 23,00 por OITO ML e R$ 161,00 por 150 ml.

Muitas se dispõe a pagar esse valor. Outras colocam nas listas de sonho de consumo.

As propriedades da manteiga de karité são indiscutíveis, mas em que medida você está pagando mais pela marca do que pelo produto?

Visitando lojas de artigos para fabricação de sabonetes e cosméticos artesanais, podemos encontrar o mesmo produto com um valor extremamente mais baixo.

Um exemplo? (deixando claro que não temos vínculo ou ganhando por fazer "propaganda" - pois, na verdade, é apenas uma referência)

No site Sabão e Glicerina encontramos manteiga de karité pura por R$ 7,35/ 100 gr!

Claro que não vem em uma latinha bonitinha, mas nada impede de que você utilize latinhas que vendem baratíssimo em lojas de embalagens ou até mesmo reutilizar outra que você já tenha. Para transferir de embalagem, basta colocar o pote de manteiga em banho maria e depois depositar na embalagem que deseja.

Se mesmo assim você prefere a da L'occitane - mesmo tendo condições para bancar isso -, sugiro uma lidinha no conceito de fetiche da mercadoria, ou talvez um psicólogo.